Reza a lenda ou dizem as teorias que um certo dia, logo após as mudanças sociais e econômicas provocadas pela Revolução Industrial, os artistas deixaram de ser bancados pelos mecenas e tiveram que sair ao mercado para vender sua própria arte. Daí vem o estereótipo de que artistas – isto é, pessoas altamente criativas – são excêntricas. Mas isso é verdade mesmo? Toda pessoa criativa é artista? A criatividade é um talento exclusivo ou um “bem comum”? E mais: apenas pessoas muito excêntricas são criativas? Para a teoria, ser criativo não é um dom e, sim, uma competência, um jeito de enxergar o mundo que vamos perdendo com o passar dos anos e com os diversos papéis que exercemos em cada uma das esferas em que convivemos: o de filho, o de irmão, o de aluno, o de funcionário e assim por diante. O fato é: todo mundo é criativo, a gente só precisa reaprender a ver as coisas sob essa égide.
Poetas, pintores, artesãos, designers, publicitários...mas também faxineiros, telefonistas, pedreiros, eletricistas, dentistas, biólogos, fonoaudiólogos, professores, administradores, executivos, engenheiros, médicos, bioquímicos e vários outros. A criatividade é uma competência que deve ser cada vez mais valorizada no mercado de trabalho atual e de alguns anos adiante, em várias áreas. Qualquer profissional que exercite, pratique e aplique a criatividade tem muito mais a vislumbrar e produzir. Porque ser criativo ou criativa nos faz enxergar os problemas de outra maneira, nos faz perceber saídas inimagináveis e ir além do convencional, o que pode resultar em novos produtos, novas empresas, novas start upse até mesmo em novas soluções para um mundo carente de recursos. Há quem diga, inclusive, que ser criativo é ser também empreendedor, já que ambas as competências são inerentes a todo ser humano.
Will Gompertz, no livro “Pense como um artista”, relata que artistas – isto é, pessoas criativas, são, na verdade, CEOs de seu próprio negócio. “Eles precisam ter aguda sensibilidade para o marketing e conhecimento implícito das questões de marca – conceitos corporativos desagradáveis que nunca mencionam em companhias refinadas, mas que na verdade são sua segunda vocação. Não sobreviveriam por muito tempo se não fossem assim. Afinal de contas, eles atuam no ramo de fornecimento de produtos sem função ou propósitos reais para uma clientela abastada; consumidores que valorizam distinções de marca acima de tudo”. Isso significa basicamente que, embora nem sempre seja vista dessa forma, a criatividade também é um negócio – e que, no mínimo, pode gerar vários outros negócios.
Se você tem interesse em ampliar suas possibilidades criativas e empreendedoras, participe da Oficina de Criatividadecom os professores Fernanda Bogoni e Isaak Soares, no dia 09/11, um sábado, das oito ao meio-dia, aqui no UNICURITIBA. O curso é totalmente gratuito e abordará aspectos relevantes na área da criatividade, como conceitos básicos, técnicas de dinamização do pensamento e estudos de casos reais em que uma big ideafez toda a diferença. Como disse Picasso, “começo com uma ideia e então ela se torna outra coisa”. Surpreenda-se com a sua própria criatividade. Participe. : )
Por Fernanda Bogoni e Isaak Soares
Professores do UNICURITIBA
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